Sinto uma dor ancestral
por quem veio na nau rupestre
com o mínimo de condição vital
sem quase nada que uma alma carece
E hoje não é diferente
mudaram veículos, mas não a condução
me parece até muito mais incoerente
pois hoje padecem da pior escravidão
Furtam direitos, controlam seu pés
Como antigamente também o fizeram
mas os escravos de hoje são mais conscientes
comumente é que muitos se desesperam
Não sei o que é laico, nem ônibus uso
Como a antiga nau, tenho o sangue rupestre
e ainda tentam tirar o restinho que tenho
ser coerente, vivente ou simplemente pedestre . . .
Mas acuado no canto mais força ganho
e num momento feroz vou ter que explodir
Soco, bicudo, mordo e arranho
com fome e sem banho, uma fera a zunir
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