quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Minguante

Minha carne exposta,
sempre ali, suspensa
para quem quiser ver.

Mas pouca gente se lembra
acham que não há razão que te prenda
ao meu ser.

Cada pisar do teu pé
eu controlo a maré
e o dia em que vai nascer

Qual broto deve surgir
qual flor irá se abrir
e qual deve florescer

Quando mudar minha careta
seu cabelo de pé, se deita
se curto irá crescer

Quando mudar minha faceta
a noite escura clarece
e a clara vai escurecer.

De manhã eu parti
de tarde eu dormi
logo mais eu volto pra te ver

E te dar energia
minha companhia
no seu momentos de prazer

Mas olha se eu não vier
num desses dias qualquer
não precisa se aborrecer

Basta esperar alguns dias
contemplar minhas filhas
que logo vou aparecer

No vaguarinho, em paz
cada dia eu vou mais
e em breve me verá encher

Os campos de alegria
as praças de harmonia
a minha luz vai preencher.

 . . . e você me ve partir sozinho . . . 

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