sábado, 23 de novembro de 2013

Pardais

Voamos baixo e com frequência
assim correm os dias
assim vão meus irmãos
também os filhos de minhas tias

Por vezes voamos em vão
vamos perdidos por milhas
intorpecidos pelo vento
saudoso de nossas filhas

Sob as asas uma dor quieta
inquieto silêncio mudo
adentramos com cautela
pela janela um vasto mundo

Raramente só, mas solitário
almejo a aranha com todos os poros
devoro-a, ouço um ruído
busco a saída, evaporo

De migalha em migalha encho a pança
passo o dia todo nessa dança
a noite pro morcego é bem vinda
durmo cedo, acordo mais cedo ainda.
pardal . . .

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