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Já passsou da hora
de cair na real
perceber que caminha
em escuridão total
sua fé,
de tão cega, amola
cegueira que não serve
nem pra pedir esmola

Quer viver como adulto
mas é país adolescente
que se julga milenar
como aqueles do oriente
quer que fale outras línguas
sem nos dar régua e compasso
só nesse ponto me disfarço
meu caminho eu mesmo faço

Falência múltipla dos orgãos . . . institucionais
educacionais, prisionais, governamentais
que cresça logo esse país, mas sobre o seu legado
quem não faz nada pelo certo, já está no caminho errado

Minguante

Minha carne exposta,
sempre ali, suspensa
para quem quiser ver.

Mas pouca gente se lembra
acham que não há razão que te prenda
ao meu ser.

Cada pisar do teu pé
eu controlo a maré
e o dia em que vai nascer

Qual broto deve surgir
qual flor irá se abrir
e qual deve florescer

Quando mudar minha careta
seu cabelo de pé, se deita
se curto irá crescer

Quando mudar minha faceta
a noite escura clarece
e a clara vai escurecer.

De manhã eu parti
de tarde eu dormi
logo mais eu volto pra te ver

E te dar energia
minha companhia
no seu momentos de prazer

Mas olha se eu não vier
num desses dias qualquer
não precisa se aborrecer

Basta esperar alguns dias
contemplar minhas filhas
que logo vou aparecer

No vaguarinho, em paz
cada dia eu vou mais
e em breve me verá encher

Os campos de alegria
as praças de harmonia
a minha luz vai preencher.

 . . . e você me ve partir sozinho . . . 

Ministério da balela

 . . . eu investiria o meu dinheiro que foi parar na mão do governo, por conta dos impostos, em estádios e estrutura para a copa do mundo posto que ao longo de um tempo posterior todo o lucro dessas construções voltassem para o governo. Digo mais, ao voltar para a minha mão, ou seja, para a mão do governo, reinvestiria nos setores de necessidade básicas como educação, saúde , etc . . . mas o ministro dos esportes não tem só nome de cantor, também tem gogó . . . 

Primeiros Rastros

E então, achou que teria fim
que tudo seguiria seus pés, simples assim
eis que surge do nada os pequeninos
quase que ninguém nota de tão franzinos os meninos
elas, também, miúdas já não usam mais melissas
destilam bravura, coragem e, por que não, malícias
não sabem de nada, mas quase tudo farejam
são cães, cadelas, coyotes que não mais te deixam
cuidado doutor, melhor não por na cueca
pois se agora eles te pegam, não vão gritar EUREKA !